Objetivo do livro
“A loucura é um assunto incômodo, uma tema cujos mistérios ainda nos desorientam. A perda da razão, a ideia de alienação frente ao mundo do senso comum, que imaginamos habitar, o turbilhão emocional devastador que toma as rédeas de alguns de nós e que não as largará – essa é uma parte da experiência humana compartilhada em todos o séculos e por todas as culturas. A insanidade assombra a imaginação humana. Ela provoca de um só golpe terror e fascínio. Poucos são imunes a seu assombre. Ela nos lembra com insistência o quão tênue por vezes nossa noção de realidade pode ser. Ela desafia nossas ideias sobre os próprios limites do que significa ser humano.” (p.13)
“Falarei sobre a loucura na civilização. A relação entre ambas e suas interrelações complexas e multifocais são temas que pretendo explorar e compreender.” (p.13) |
“Planejo discutir o encontro entre loucura e civilização ao longo de mais dois milênios. Durante a maior parte desse período, ’loucura’ e seus cognatos – insanidade, demência, frenesi, mania, melancolia, histeria, entre outros – foram termos usados não apenas entre as massas ou mesmo entre as elites culturais, mas de utilização universal. Indiscutivelmente, ‘loucura’ não era apenas o termo de usos cotidiano para lidar com as Desrazão, mas também uma terminologia adotada por aqueles homens da medicina que às vezes tratavam os alienados e que procuravam explicações naturalistas para as depredações por ela causadas.” (p.15)
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