Resumo: Discutiremos o papel do hiperdiagrama como dispositivo heurístico, articulando-se entre semiótica e modelos de linguagem de grande porte (LLMs). Em um cenário onde a IA generativa desperta tanto entusiasmo quanto desconfiança, a apresentação busca explorar as implicações dessa tecnologia, destacando seus limites e suas promessas. A partir de uma crítica ao hype tecnocrático que muitas vezes obscurece os limites reais da IA, propomos o hiperdiagrama, não apenas como meio de mediação de dados, mas também na articulação de valores, contextos e temporalidades, permitindo uma análise mais crítica e contextualizada dos processos cognitivos. Defenderemos a tese de que o hiperdiagrama, como estrutura vetorial e semiótica, transcende as concepções tradicionais dos algoritmos, oferecendo uma perspectiva mais rica sobre o processo de interpretação e geração de sentido. Defendemos a existência de um acoplamento estrutural entre os LLMs e o hiperdiagrama, evidenciando suas complementaridades. Enquanto os LLMs operam com coerência estatística e predição, o hiperdiagrama oferece uma camada adicional de interpretação, envolvendo ética, axiologia e a dinâmica do tempo. Além disso, propomos uma reflexão sobre a aplicabilidade do hiperdiagrama como meta-prompt, estruturando a maneira como os LLMs respondem e se ajustam ao contexto de perguntas complexas, com base em princípios hermenêuticos que atravessam diferentes tradições filosóficas. Esse modelo propõe que o hiperdiagrama não seja apenas um dispositivo de interpretação, mas uma chave hermenêutica que oferece novas possibilidades para a interface entre humanos e máquinas.

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