Função do Conceito de Idéia Inata na Prova da Existência da Substância Infinita Apresentada na V Meditação de Descartes
Resumo
No presente artigo pretendo examinar a função do conceito de idéia inata no contexto da argumentação cartesiana da V Meditação das Meditações Metafísicas. Minha hipótese é a de que se trata de um conceito fundamental para garantir a distinção entre idéias de essências forjadas pelo pensamento de idéias de essências verdadeiras e imutáveis. Com essa análise pretendo mostrar que a V Meditação, bem como todas as outras tem um caráter fundamentalmente epistemológico: Descartes ali pretende apresentar os critérios para o reconhecimento das idéias que representam essências verdadeiras o que permite dissipar a possível objeção de que a idéia de Deus como Perfeição, utilizada na III Meditação para provar sua existência, poderia ser uma idéia fictícia.Palavras-chave: Idéia inata. Idéia fictícia. Naturezas verdadeiras e imutáveis. Essências fictícias. Argumento ontológico.
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