Função do Conceito de Idéia Inata na Prova da Existência da Substância Infinita Apresentada na V Meditação de Descartes

Autores

  • Departamento de Filosofia Universidade Federal do Rio de Janeiro/CNPq RIO DE JANEIRO, RJ

Resumo

No presente artigo pretendo examinar a função do conceito de idéia inata no contexto da argumentação cartesiana da V Meditação das Meditações Metafísicas. Minha hipótese é a de que se trata de um conceito fundamental para garantir a distinção entre idéias de essências forjadas pelo pensamento de idéias de essências verdadeiras e imutáveis. Com essa análise pretendo mostrar que a V Meditação, bem como todas as outras tem um caráter fundamentalmente epistemológico: Descartes ali pretende apresentar os critérios para o reconhecimento das idéias que representam essências verdadeiras o que permite dissipar a possível objeção de que a idéia de Deus como Perfeição, utilizada na III Meditação para provar sua existência, poderia ser uma idéia fictícia.

Palavras-chave: Idéia inata. Idéia fictícia. Naturezas verdadeiras e imutáveis. Essências fictícias. Argumento ontológico.

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Publicado

2017-02-08

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Artigos