Significação da Vida e Liberdade: Ciência e Metafísica na Filosofia de Bergson

Autores

  • Departamento de Filosofia - Universidade Federal do Paraná

Resumo

Nosso objetivo é mostrar como, para Bergson, a investigação do problema da significação da vida envolve a colaboração entre ciência biológica e metafísica. Para ele, o estudo da vida é, antes de tudo, uma investigação sobre o homem. Isto é, a compreensão do homem passa pela abordagem dos dados fornecidos pela biologia. Ora, esses dados revelam que essa compreensão é atingida ao se considerar a constituição da inteligência humana, faculdade com função e campo de aplicação determinado: ela assegura a perfeita inserção do corpo em seu meio, preside a representação das coisas exteriores e pensa a matéria; isto é, possui um caráter essencialmente prático. Para além dessa compreensão da inteligência, o estudo da vida permite saber “sobre quais pontos, em quais direções, por quais necessidades nosso pensamento é limitado”. A partir daí, a tentativa de ultrapassar essa limitação vai caracterizar o esforço da própria inteligência em ultrapassar os quadros de seu conhecimento natural. Testar essa capacidade da inteligência é procurar explicar não apenas o nascimento de outra faculdade humana, mas, sobretudo, indicar um território privilegiado a partir do qual a metafísica pode ser reinstaurada.

Palavras-chave: Vida. Inteligência. Liberdade. 

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